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Patrono da Cavalaria

Escrito por Super User

Marechal Manuel Luís Osório, descendente dos açorianos Manuel da Silva Borges e Ana Joaquina Luísa Osório, nasceu no dia 10 de maio de 1808, data que, em sua homenagem, passou a ser comemorado o Dia da Cavalaria.

Manuel Luís foi criado na estância de seus avós maternos hoje localizada na Vila de Nossa Senhora da Conceição do Arroio, atual Município de Osório, cujo nome também foi alterado com o fito de homenageá-lo.

Osório incorporou, em 1823, à cavalaria da Legião de São Paulo. Lutou contras as tropas portuguesas, que não queriam aceitar a independência do Brasil, na Província de Cisplatina (Uruguai) e participou ativamente no cerco de Montevidéu. Um ano depois, foi designado cadete e, mais tarde, alferes do 3.º Regimento de Cavalaria da primeira linha.

Em 1824, inscreveu-se na Escola Militar, inscrição que foi anulada devido à guerra iminente no Sul do país. Em 1825, regressou à guerra da Cisplatina, sendo o único oficial do seu esquadrão a sobreviver na batalha de Sarandi, a 12 de outubro desse ano. Em outubro de 1827, foi promovido a tenente e participou nas conversações de paz. O regimento, do qual fazia parte, estabeleceu-se em Rio Pardo, onde passou a morar, consagrando-se à política pelo Partido Liberal.

A 15 de outubro de 1835, casou-se e passou a servir o 2.º Corpo de Cavalaria, em Bagé. Entre 1835 e 1845, combateu na guerra dos Farrapos; primeiro, ao lado dos rebeldes, depois, ao lado das forças do governo central. Participou, ainda, nos combates contra os rebeldes em Porto Alegre, Caçapava e Erval. Nessa época, solicitou a sua passagem para a reserva, mas o Exército não atendeu o seu anseio.

Em 1842, Osório recebe a condecoração da Ordem do Cruzeiro do Sul e é promovido a Tenente-Coronel. Em 1851, Manuel Osório e o seu regimento intervieram contra o presidente argentino Rosas e o uruguaio Oribe. Nesse contexto, destacou-se na batalha de Monte Caseros, a 3 de fevereiro de 1852, ao derrotar Rosas. Promovido a Coronel, esteve a servir, durante alguns anos, em Rio Grande do Sul. Em dezembro de 1856, foi promovido a brigadeiro e, mais tarde, designado inspetor de cavalaria do Norte do Brasil, onde permaneceu por pouco tempo.

Em 1864, teve início a Guerra do Paraguai. A Osório foi confiado o comando do Exército. As dificuldades logo foram superadas e o Exército Brasileiro começou a somar significativas vitórias. O maior combate registrado em toda Guerra do Paraguai foi o que se travou em Tuiuti. Coube a glória a Osório de haver planejado a batalha da qual participou com heroísmo. Com apoio da esquadra, o Exército Brasileiro iniciou a invasão do Paraguai. Depois disso, Osório foi substituído pelo General Polidoro Jordão. Como a luta prosseguia, Osório passou a Comandar o III Corpo do Exército, organizado no Rio Grande do Sul. Com muita perícia, dirigiu a Marcha de Flanco de Tuiuti.

Posteriormente, liderou a ofensiva que conquistou a fortaleza de Humaitá, no Paraguai. Após ter sido alvejado no maxilar, Osório foi substituído pelo General Polidoro Jordão e regressou ao Brasil para recuperar do ferimento. Regressou, em julho de 1869, ao Paraguai, onde participou na batalha de Peribebuí, mas o seu estado de saúde obrigou-o a deixar permanentemente aquele país.

Em maio de 1866, recebeu o título de Barão de Erval e, em 1869, o de Marquês de Erval. Em 1877, foi promovido a Marechal do exército e foi eleito Senador, pelo Rio Grande do Sul. Finalmente, exerceu o cargo de Ministro de Guerra.

Patrono da Arma de Cavalaria do Exército Brasileiro, faleceu a 4 de outubro de 1879 em decorrência de uma pneumonia.

Heroico, valente e patriota por natureza, Osório foi um homem que com certeza jamais será esquecido. Seu amor, dedicação e sacrifício pela pátria estarão para sempre registrados nos anais da história.

 

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